A moderna cataplana foi fixada por um artesão Algarvio, de Loulé, nascido em 1927: Ricardo Pinguinha Guerreiro. Foi ele que a tornou mais funcional e hermética - e ao mesmo tempo também apta a servir de pura decoração.
Trabalhava o cobre com apenas um martelo e uma burra (instrumento que se usa para construir as peças) e outros poucos utensílios peculiares. Celebrizou-se a fazer cataplanas, usadas na gastronomia algarvia, os tradicionais alambiques para o fabrico de aguardente e outras peças decorativas diversas.
Aprendeu o ofício com um tio, aos 13 anos - e já se reformou há muito. Embora chegasse a trabalhar neste artesanato, mesmo depois de reformado, consciente de que, depois dele, viriam as máquinas e a indústria.
A verdade é que ainda há poucas décadas, a região era conhecida pelos seus antigos artesão do cobre.
Inicialmente produzidas em zinco, passaram logo para o cobre, que permitia melhor condutividade do calor por toda a cataplana, além de dar um sabor especial único aos cozinhados. Não é por acaso que o uso culinário do cobre é já milenar, e vem de civilizações como a dos Sumérios, Egípcios, Babilónicos, Fenícios, Romanos e Árabes.